terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Eminence no Alto Falante

Para quem não viu, ou quer ver de novo... Entrevista com a banda Eminence feita por Terence Machado do Programa Alto Falante na TV cultura!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eminence estréia seu novo clipe: Day 7!

O Cen@lternativa está preparando uma matéria exclusiva com a banda Eminence! Fique ligado! Enquanto espera a nossa matéria, conheça mais sobre a banda mineira que faz sucesso no exterior e ainda não foi descoberta nessas terras tupiniquins!





Site Oficial: www.eminence.com.br

Myspace: www.myspace.com/eminenceband

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Vitor Mizael em entrevista exclusiva para o Cen@lternativa

O artista plástico Vitor Mizael conta aonde foi que a arte e sua vida se cruzaram !

Por: Virgínia Delfino

1 – Como a arte e a sua vida se cruzaram?

R: Desde pequeno... Eu me lembro de ver os quadros do meu pai, meu pai pintava de curioso e eu gostava de ver e tinha vontade de fazer igual. Eu também sempre adorei quadrinhos e comecei a desenhar os personagens... Na verdade que queria ser ator de novela, cientista maluco (tinha que ser maluco, não bastava ser cientista) ou artista plástico. Para ser ator eu precisava ser mais galã que o Tarcísio Meira... mas eu queria ser ator porque achava que era legal beijar na boca... Eu achava o máximo! Aí entrei no clube de ciências e achei que era muito chato ficar fazendo experiências... Então eu comecei a desenhar e eu gostava muito de desenhar, ficava copiando vários desenhos...

Quando eu tinha 11 anos minha mãe me colocou numa escola de pintura e eu gostava de pintar os quadros... Aos 13 anos entrei em uma escola de desenho, lá eu aprendi a desenhar. Com 15 anos eu entrei no colégio técnico no curso de “desenho e comunicação” e era um tesão porque além das matérias normais do colégio, haviam as matérias técnicas e eu me dava super bem. Aos 15 anos a minha idéia era de ser artista mesmo e todos me incentivavam, pois eu desenhava muito bem e fazia tudo com muito prazer.

Saí do colégio técnico e fui fazer cursinho... Eu já sabia que queria ser artista, mas pensava em fazer publicidade por causa da grana. Com um mês de cursinho eu já não agüentava a falta da pintura, do desenho... Aí eu vi que não tinha mais jeito e ia fazer artes plásticas. Logo no primeiro ano da faculdade eu já fiz uma exposição em um salão de arte e não parei mais.

2 – Você é professor também, dar aulas é uma opção sua?

R: Eu gosto muito de dar aulas, mas não é o meu plano de vida. Meu plano é ser artista, mas quero continuar ministrando aulas no ensino superior. Quero ter a maior parte da minha vida profissional voltada para minha produção artística. Hoje isso não acontece porque tenho que pagar as minhas contas, mas um dia há de acontecer!




3 – Porque você escolheu o corpo humano para colocar na maioria de seus trabalhos?

R: Desde que eu estava no colégio técnico, eu tinha um interesse muito grande pelo corpo humano. Ficava olhando as pessoas no ônibus e ficava fascinado... pelos corpos e pelas roupas que elas vestiam. O corpo é um receptáculo do espírito... No colégio eu pintava muitas partes do corpo: ossos, músculos... E nesse momento eu tinha uma tensão sexual muito forte, de tesão mesmo, de querer ver os corpos, pois eu era adolescente! Eu traduzia essa necessidade na representação dos corpos. Hoje o corpo representa outras coisas para mim: afeto, carinho, personalidade, caráter...

4 – Você coloca roupas como sendo “auto-retrato”?

R: A roupa é uma casca. É como a gente se apresenta para o mundo. A roupa é até angustiante, porque ela não é você, mas te representa... A roupa é um simulacro frio de uma potência humana, mas ela não existe enquanto não é habitada e isso me encanta!

5 – Como foi a sua primeira exposição?

R: Eu estava muito emocionado e nervoso, mas era algo que não era novidade para mim, pois foi tão esperado! Mesmo fugindo de uma falsa humildade, eu tinha consciência de que eu tinha trabalhado bastante para ali, não foi algo aleatório... Não foi por sorte. Eu sabia que tinha (apesar de ter só 20 anos e estar no 1º ano da faculdade) o fato que desde pequeno era um desejo, eu me dediquei muito para estar naquele lugar.

6 – Você já sofreu algum tipo de preconceito por ser um artista muito jovem?

R: As pessoas me julgam... Muitas pessoas têm preconceito, mas também existem as pessoas que apostam em mim e no meu trabalho. Meus alunos me respeitam independentemente da idade. Eu tenho 25 anos, sei que tenho muitas coisas pra viver ainda, mas profissionalmente eu ganhei tempo.

7 – Atualmente você também se dedica ao seu mestrado, você estuda seu próprio trabalho?

R: É um mestrado que tem um direcionamento prático. Eu acredito (apesar de muitas pessoas dizerem o contrário) que o trabalho plástico é um trabalho de pesquisa nos mesmos moldes de um trabalho teórico. Meu projeto é desenvolver mais o meu trabalho, pesquisando, refletindo e escrevendo sobre ele... A minha produção plástica mudou muito de dois anos pra cá.

Eu estudo a variação de material, o conceito que a princípio está disperso e com o passar do tempo você o domina. O que antes acontecia mais por tentativa e erro, hoje está mais pensado porque eu produzi muito em cima dos mesmos conceitos. A produção artística é isso: é produzir, é pesquisar plasticamente, é você ter o olhar para decidir o que fica e o que vai.

8 – Você escreve nos seus trabalhos?

R: É o meio mais imediato para transpor um pensamento, uma sensação... E também a palavra é um desenho para mim e como desenho ela não está solta quando eu coloco em um trabalho, ela é um desenho que faz parte da composição. Então, além do valor de significado, a palavra tem o valor de desenho, de composição e de plasticidade.


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9 – As palavras não são legíveis, porquê?

R: Na hora que estou escrevendo são pensamentos que vêm, por isso escrevo rápido. Só que o lugar aonde essas palavras vão no trabalho, no campo visual, é muito bem determinado, não é aleatório. Portanto eu coloco de modo a criar uma composição que comunique visualmente. E só vai descobrir que palavra é aquela, quem se ater mais ao meu trabalho... Isso é proposital. Você tem de parar e ler... A palavra só vai servir para quem quiser saber e para quem merece descobrir o meu trabalho.

As palavras são presentes que eu dedico para aqueles que têm paciência de entender. Eu dedico meus pensamentos, minhas intimidades através das palavras. Eu compartilho com as pessoas algo que é meu... e são da humanidade: angústias, desejos, tesões...

10 – Você acha que está faltando arte no mundo?

R: Não sei se falta arte... Falta espaço para mostrar. Tem muito espaço para o que é comercial e pouco espaço para o “erudito”. Falta a formação do público para entender e buscar a arte. As pessoas não vão a museus porque elas não querem, mas sim porque elas não aprenderam a gostar...


Para conhecer mais o trabalho de Vitor Mizael: http://www.fotolog.com/vitormizael/

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

"Palhaços" está de volta!

Peça escrita por Timochenco Wehbi mostra encontro entre um palhaço e seu fã e discute o papel da arte e do artista na sociedade contemporânea

Por: Patrícia Rocco

Fotos: Divulgação

O texto é da década de 70. Mas a realidade nos mostra que não há nada mais atual do que Timochenco Wehbi, dramaturgo paulista, quis evidenciar com "Palhaços" há mais de trinta anos.

O circo é decadente. Assim como as esperanças e a visão de mundo ultra-realista do palhaço Careta (Dagoberto Feliz).

Benvindo (Danilo Grangheia), o fã, é vendedor de uma loja de calçados, aspirante a gerente e, como fã incondicional do artista - esperançoso por um inocente bate-papo - vai cumprimentá-lo no camarim após o espetáculo. Não sabia, porém, que a proximidade da realização de um sonho poria também à prova as suas mais puras aspirações.

E é exatamente o que acontece quando, o que prometia ser um singelo e agradável diálogo enter fã e ídolo, torna-se um processo de quebra de paradigmas num jogo cênico tragicômico, uma sucessão de malabarismos físicos e mentais que apóiam o encontro das duas personagens e que acabam por mandar água abaixo todas as ilusões que compõem a relação artista x admirador.

Por meio da postura do palhaço Careta, que trava um diálogo contestador com o seu interlocutor, a peça mostra a realidade vivida pelos artistas atualmente, questiona o papel da arte e o que a sociedade contemporânea espera da classe.

Muitos são os pontos de atenção nesta produção. E, a meu ver, o mais interessante deles é a forma como o palhaço tira sua "máscara" e revela o ser humano por trás do artista. Com todas as suas dores, questionamentos, decepções e anseios.

A utilização de elementos cênicos infantis como os truques circenses, as músicas e as brincadeiras, é a antítese que conduz o espectador ao reconhecimento do que vem por trás de um figurino e uma maquiagem bem feita.

E os papéis são claramente invertidos. No decorrer do espetáculo, vemos um homem comum ter atitudes tipicamente clownescas e o palhaço transformar-se em um homem comum adicionando pitadas de atitudes cruéis ao seu comportamento diante do fã.

O desenrolar do espetáculo se dá unicamente pelo diálogo, um ping-pong entre as duas personagens que sustenta um crescente suspense até o final da montagem.

Careta passa a maior parte do tempo gozando o seu fã Benvindo e tira boas gargalhadas da platéia que é levada pelos atores para momentos que se dividem entre descontração e silêncio.

"Palhaços" é uma montagem de cenário simples e conteúdo gigantesco. Adiciona-se a isso o colorido especial que os atores Dagoberto Feliz e Danilo Grangheia emprestam ao texto com todo o seu talento e o firme propósito de transformar o pensamento. E conseguem. Como sempre.

Abaixo a excelente reflexão do diretor Gabriel Carmona:

Para que serve o artista?

Não há resposta absoluta. Pode até ser perigoso dar utilidade a algo que, por natureza, é inútil, tal qual fazer amor, festejar ou pensar.

Mas mais perigoso, chato e emburrecedor, é o que acontece hoje. Como em muitos momentos da história ocidental, a arte torna-se novamente instrumento moralizante, como um domador de circo, a serviço da ideologia vigente que nos quer amortecidos, apaziguados.

A intenção é clara: levar o indivíduo para longe de si, da sua realidade e dos seus desejos mais profundos e legítimos. Sentimento torna-se sentimentalismo, opinião torna-se senso comum.

Não sabemos a resposta, mas sabemos que o diálogo entre artista e sociedade, como tantos outros, está infantilizado, mecanizado e muito aquém de suas reais possibilidades. A fama é um véu que separa duas pessoas iguais: criador e público. Estamos todos no mesmo barco!

Mas já não basta denunciar, apontar as deformações nas relações sociais, interpessoais e de qualquer âmbito. Agora, é preciso desmontá-las, descobrir o que leva alguns artistas a se colocarem como detentores da verdade salvadora ou prostitutos do dinheiro e da fama.

E descobrir também como parte do público transformou-se em mero consumidor de entretenimento, que não quer pensar, nem ser desafiado ou posto em cheque, mas somente, por alguns minutos, sair dessa vida monótona e maçante para entrar no reino da fantasia, onde o mocinho sempre vence e o mal sempre é o outro.

O espetáculo é uma tentativa desesperada de comunicação, de diálogo. É isso que queremos. (Gabriel Carmona)


Palhaços

Teatro Ópera Buffa - Praça Franklin Roosevelt, 82, Centro, São Paulo.
50 lugares. tel.: (11) 3237-1980. Em janeiro: Domingos às 20h13. Em Fevereiro: Sábados às 21h13 e Domingos às 20h13. Ingressos: R$ 20,00 (meia-entrada - R$ 10,00)75 min. Até 24 de fevereiro.

Ficha técnica
Elenco:
Dagoberto Feliz e Danilo Grangheia
Autor: Timochenco Wehbi
Direção: Gabriel Carmona
Produção: Vitor Souza
Iluminação: Erike Busoni
Téc. de Luz: Marcela Donatus
Cenário: Flavio Tolezani
Figurino: Daniel Infantini

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Claudia Wonder & The Laptop Boys é eleito 3ª melhor revelação da música independente brasileira


Claudia Wonder & The Laptop Boys, o grupo de "funkydiscofashion" da colunista do G Online, foi escolhido como a terceira melhor revelação da música independente brasileira, de acordo com a eleição feita por Solano Ribeiro para o seu programa Nova Música do Brasil, transmitido pela Rádio Cultura AM.

Para comemorar 70 programas, Ribeiro aproveitou a edição do último domingo, dia 11 de novembro, e apresentou as 13 melhores músicas da produção independente do país, seguindo seus próprios critérios e como ele mesmo diz, totalmente contestáveis.


Difícil é contestar Solano Ribeiro, que ficou conhecido por ser o idealizador dos primeiros festivais da música popular brasileira, onde entre outros nomes de peso surgiram Elis regina, Chico Buarque e Caetano Veloso.

Claudia Wonder & The Laptop Boys ficaram na prestigiada terceira posição com a música Blá Blá Blá, que integra o álbum Funkydiscofashion, lançado pela Lua Music.

"Eu fiquei muito emocionada. Foi uma grande surpresa, porque a música foi apresentada pela primeira vez na semana passada e já ficou com o terceiro lugar em uma rádio que o público é mais seleto, que entende mais de música. Pra gente que acreditava ter um projeto underground é uma vitória grande. Fico muito feliz", comemora Wonder