Por Virgínia Delfino
Só a Manipulação nos une. Culturalmente. Socialmente. Filosoficamente. Politicamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os egocentrismos, de todos os autoritarismos. De todos os meios de comunicação. De todas as informações veiculadas.
TV, or not TV that is the question.
Contra todas as propagandas. E contra o pai do Globo.
Só me interessa o que vai ser meu. Lei do homem. Lei do manipulador.
Estamos fatigados de todos os repórteres melancólicos suspeitosos postos
O que atropelava a verdade era a imagem, o impermeável entre o mundo na televisão e o mundo real. A reação contra o homem comum. O Jornal Nacional informará.
Foi porque nunca tivemos educação, nem coleções de bons modos. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, periférico e central. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida.
Queremos a Revolução da Comunicação. Maior que o impeachment do Collor. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção com a direção do cidadão. Sem nós a Mídia não teria sequer a quem manipular.
Nunca fomos catequizados. Será? Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos o Lula ir para Brasília. Mas nunca assumimos que o dever de cobrar está
Só podemos atender ao mundo capitalista. Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu
Roteiros. Edições. Roteiros. Edições. Roteiros. Edições.
O instinto Brasileiro. Morte do imparcialismo.
Temos o comunismo. Temos a língua monoteísta.
Plim Plim
Plim Plim
Plim Plim
Plim Plim
A verdade e a vida. Tínhamos a distribuição dos acontecimentos locais e acontecimentos mundiais. E sabíamos confiar nas notícias que iam ao ar.
Perguntei a um homem o que era o Jornalismo. Ele me respondeu que era a garantia do compromisso com a verdade. Esse homem chamava-se Wladimir Herzog.
Só não há “distorcionismo” onde não há interesses. Mas que temos nós com isso?
Contra as histórias dos homens sinceros. O mundo não datado. Não rubricado. Sem Nassif. Sem Mainardi.
A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só a mesquinharia. E os transfusores de idéias.
Contra as sublimações cômicas. Trazidas nas páginas dos jornais.
Contra a verdade dos povos “cultos”, definida pela sagacidade de um comunicólogo: – É mentira muitas vezes repetida.
Nós tivemos especulação. Mas tínhamos a manipulação. Tínhamos Política que é a ciência da privatização. E um sistema social-salafrário.
As publicações. A fuga dos veículos mentirosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os conservatórios e o tédio telespectador.
Ignorância real das coisas + fala de imaginação + sentimento de autoridade ante a prole curiosa.
É preciso partir de um profundo questionamento para se chegar à idéia de Verdade.
O objetivo criado reage com os Anjos da Queda. Depois o repórter divaga. Que temos nós com isso? Antes de Chateaubriand descobrir a TV, o Brasil tinha descoberto a felicidade.
Somos alienados. As opiniões formadas tomam conta, reagem, queimam gente nas opiniões públicas. Suprimamos as idéias e as outras paralisias. Pelos roteiros e edições. Acreditar nos sinais, acreditar nos instrumentos e nas estrelas.
A alegria é a prova dos nove. A luta entre o que se chamaria Emissora e Receptor – ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor cotidiano e o modusvivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo. Para transformá-lo
Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados capitais – a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.
Contra a realidade social, vestida e opressora a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado das Emissoras.
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